O setor volta a movimentar a economia, mas é preciso atenção às novas demandas dos viajantes!
Com a recuperação do setor do turismo e a expectativa de alcançar o mesmo patamar de faturamento do período pré-crise ainda no início de 2023, os proprietários de pequenos negócios do setor devem estar atentos às novas tendências do mercado e às mudanças do perfil do consumidor.
Sobre os fatores que afetam a competitividade da cadeia de turismo brasileira, especialmente dos pequenos negócios, um estudo econômico realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) constatou que a demanda do consumidor e do turismo já não são as mesmas depois da pandemia de Covid-19.
A partir de uma ampla análise de dados em publicações especializadas e relatórios nacionais e internacionais que consideram o futuro dos negócios na pós-pandemia, o documento também aponta que a intensificação e aceleração dos processos de mudanças culturais, socioambientais, econômicas e tecnológicas nos últimos anos têm contribuído para novas formas de se fazer e experienciar atividades turísticas e de lazer, o que abre novas oportunidades de negócio.
Com base em pesquisa de turismo da FGV, confira as 09 principais tendências de mercado para as micro e pequenas empresas do setor:
Experiência e Autenticidade.
Voltada em experiências únicas, profundas e significativas, mesmo a partir de serviços e atividades simples.A ideia é oferecer aos clientes um novo sentido das práticas turísticas, sejam viagens, restaurantes ou outras modalidades de turismo e lazer.
Contato com a natureza.
A busca por viagens e atividades em ambientes ao ar livre se intensificaram na pandemia, continuam em alta e seguem em crescimento, permitindo que o turismo seja combinado com as medidas de segurança ainda recomendadas.
Sustentabilidade e Inclusão.
Visa atender de forma conjunta às necessidades não apenas dos turistas, mas também das comunidades empreendedoras e receptoras. Ao mesmo tempo, é dada atenção aos aspectos de proteção e conservação dos recursos naturais, da biodiversidade e da integridade das partes envolvidas.
Contratos competitivos.
Atende ao consumidor cada vez mais independente e bem-informado. Os negócios de turismo precisam ser mais competitivos com bom custo-benefício e flexibilidade para cancelamentos e remarcações.
Saúde e Bem-estar.
O turismo de bem-estar é uma combinação de viagens em busca de saúde física e mental, onde os clientes buscam diversos serviços como terapias, alimentação saudável e procedimentos estéticos.
Redução do contato físico.
Temendo a propagação da pandemia, o cliente passou a valorizar a redução de contato físico com objetos de uso frequente e de interações pessoais, favorecendo avanços tecnológicos como a digitalização e automação na busca por interações “sem toque”.
Marketing Digital.
Em um mundo onde a presença do digital é um diferencial competitivo extremamente relevante, ainda se observam pequenos negócios do turismo com baixos níveis de maturidade digital.
Segurança Sanitária.
As medidas de saúde e segurança continuam a ser um fator determinante na tomada de decisões turísticas mais conscientes e comprometidas com a responsabilidade social.
Economia compartilhada e sob demanda.
Nesse caso, o cliente paga apenas pelos minutos ou horas gastos, otimizando assim os recursos para quem oferece e gerando economia para o consumidor. Essa nova forma de consumir produtos e serviços leva em consideração a necessidade, não a propriedade.
Novas características do turista
O estudo econômico da FGV mostra que entender as mudanças ocorridas no perfil do consumidor ajudará as micro e pequenas empresas a encontrar as melhores formas de superar os desafios do novo cenário e encontrar alternativas para garantir a continuidade da prestação de serviços, o método e constância no mercado econômico em um ambiente competitivo.
O turismo pós-pandemia já é uma realidade e as férias podem ser planejadas com segurança. Se cada um fizer a sua parte, logo tudo voltará ao normal!