Muita gente olha para o Instagram dos concorrentes e chega à conclusão rápida: “estamos ficando para trás”. Mas será que você está mesmo? Ou será que está usando a régua errada? No universo das redes sociais, o benchmarking virou prática comum, mas nem sempre bem aplicada. Quando usado do jeito certo, ele ajuda a entender o que funciona, onde ajustar e como crescer de forma consistente. Quando feito sem critério, vira um festival de comparações vazias e decisões baseadas em ansiedade.
Este conteúdo vai te ajudar a entender como fazer benchmarking de verdade, com foco em estratégia, audiência e resultados, e não em vaidade digital.
Benchmarking por categoria: o que realmente faz sentido comparar
É comum que profissionais e marcas se comparem com quem tem números maiores, produções mais elaboradas ou conteúdos que viralizam com frequência. O problema é que essas comparações geralmente ignoram um fator essencial: contexto.
Benchmarking só funciona quando você compara marcas que atuam com públicos semelhantes, têm objetivos parecidos e estão no mesmo estágio de mercado. Ou seja, não adianta usar como referência uma marca nacional se você é uma operação local. Não adianta seguir de perto um criador de conteúdo com orçamento alto de tráfego se você ainda está no orgânico. Não adianta se medir por uma régua que não tem nada a ver com o seu cenário.
Avaliar sua presença digital por categoria é entender quem são os players do seu nicho, quais formatos eles estão usando, como a audiência responde, e qual é o nível de consistência dessas estratégias. É um exercício de foco, não de comparação por ego.
O que o engajamento dos concorrentes pode revelar sobre o seu próprio público
Uma das partes mais ricas do benchmarking é a análise do engajamento real. Curtidas dizem pouco. O que importa mesmo são comentários que abrem conversa, posts que geram compartilhamentos e conteúdos que são salvos por pessoas que querem voltar depois. Isso sim é sinal de valor.
Se você observa um concorrente que está recebendo comentários com dúvidas sinceras, histórias pessoais ou até críticas construtivas, isso é ouro. Significa que ele está tocando em pontos que também podem ser relevantes para o seu público. Se um post está sendo salvo com frequência, vale investigar o formato, a promessa e a estrutura. O conteúdo educacional, por exemplo, tende a performar melhor em salvamentos. Já os compartilhamentos revelam o que a audiência quer espalhar, e isso diz muito sobre identidade e conexão.
Esse tipo de análise ajuda você a ajustar sua pauta com mais precisão. Em vez de tentar prever tendências, você começa a ouvir sinais que já estão no ar.
Três erros de benchmarking que podem estar freando o seu crescimento
O benchmarking é poderoso, mas quando mal feito, pode travar sua evolução. Estes são os erros mais comuns:
Comparar com quem está em outro estágio
Você pode estar olhando para quem já passou por fases que sua marca ainda nem entrou. Isso distorce expectativas e gera frustração.
Basear a análise só em likes e seguidores
Likes são métricas rasas e fáceis de manipular. Seguidores nem sempre significam audiência ativa. O que conta é o impacto real do conteúdo.
Seguir tendências que não fazem sentido para seu público
Nem todo formato viral serve para o seu objetivo. Reels engraçados funcionam para alguns perfis, mas podem não ter valor para um público que busca profundidade ou soluções.
Fazer benchmarking é saber ouvir, e não apenas copiar
Quem faz benchmarking certo não tenta replicar o que vê, mas sim entende o porquê aquilo funciona. Essa é a diferença entre copiar e aprender. Quando você ajusta sua régua, observa com inteligência e interpreta com base nos objetivos da sua marca, o benchmarking deixa de ser uma fonte de ansiedade e vira um acelerador estratégico.
Não se trata de vencer o outro. Se trata de compreender melhor quem você quer alcançar. Porque no fim, as redes sociais não são sobre quem aparece mais, mas sobre quem se conecta melhor.