Crescer exige clareza de caminho. Muitas empresas se perdem tentando dar saltos arriscados, quando poderiam avançar em etapas mais seguras e estruturadas. A Pirâmide de Crescimento da McKinsey organiza essas possibilidades em sete níveis, do mais previsível ao mais ousado, oferecendo uma visão prática de como conduzir a evolução de uma marca. Ao traduzir cada degrau em ações de marketing e negócios, as estratégias de crescimento empresarial deixam de ser conceitos abstratos e passam a ser ferramentas aplicáveis.
1. Reforçar o relacionamento com clientes existentes
É o caminho de menor risco e também o mais rápido em retorno. Incentivos de recompra, programas de fidelidade, ações de upsell e ofertas personalizadas podem aumentar significativamente o valor de cada cliente já conquistado. No digital, automações simples em CRM ou campanhas de remarketing ajudam a manter a marca presente e relevante.
2. Levar produtos atuais para novos clientes
Ampliar o público é a evolução natural. Estratégias de indicação, campanhas segmentadas e parcerias com marcas complementares funcionam como portas de entrada. A ideia é expandir a base aproveitando o que já funciona, mas ajustando a comunicação para perfis que ainda não tiveram contato com a marca.
3. Explorar novas geografias
Seja em outras regiões do país ou em mercados internacionais, expandir geograficamente abre horizontes. O risco é maior, mas pode ser controlado com pilotos regionais, testes em marketplaces locais e campanhas adaptadas ao contexto cultural. O segredo está em validar antes de escalar.
4. Adotar novas formas de entrega
Às vezes, não é o produto que precisa mudar, mas a forma como chega até o cliente. Atendimento via chatbots, experiência de compra integrada ao WhatsApp, marketplaces de nicho ou até lojas temporárias físicas (pop-ups) são exemplos de canais alternativos que ampliam a conveniência e fortalecem a experiência de marca.
5. Criar novos produtos ou serviços
A inovação dentro do portfólio mantém a marca em movimento. Isso não significa lançar algo totalmente inédito, mas pensar em extensões e versões complementares. Marcas de moda criam linhas sustentáveis, empresas de alimentos desenvolvem kits prontos, negócios digitais oferecem pacotes adicionais de serviço. São ajustes que abrem novas fontes de receita sem perder a essência.
6. Redefinir a estrutura da indústria
Aqui o impacto já é maior. Modelos de assinatura, integração vertical ou plataformas colaborativas podem transformar a forma como o setor funciona. O risco é proporcional ao potencial: quem se move nesse nível pode assumir papel de referência, mas precisa de visão de longo prazo e recursos sólidos.
7. Entrar em novas arenas competitivas
É o ponto mais ousado. Expandir para outros segmentos, disputar comportamentos emergentes ou criar formatos híbridos exige coragem e preparo. Muitas vezes, trata-se de reposicionar a marca para além do seu mercado original. São apostas que podem multiplicar resultados, mas que também exigem timing perfeito.
As estratégias de crescimento empresarial não precisam ser um jogo de tentativa e erro. A Pirâmide da McKinsey mostra que existem diferentes caminhos, cada um com seu nível de risco e retorno. O crescimento pode vir de ações simples de retenção ou de movimentos disruptivos em novos mercados, o importante é escolher a trilha certa para cada momento da marca.
Seguir essa lógica garante evolução sustentável, equilibrando ganhos rápidos e visão de longo prazo. É o que diferencia empresas que apenas sobrevivem daquelas que crescem de forma consistente e planejada.