As lives deixaram de ser novidade. Mas ainda são, para muitas marcas, um território mal explorado, ou mal planejado. O problema não está no formato em si, mas na forma como ele é tratado: como uma ação isolada, feita no impulso, sem roteiro, sem objetivo e, pior, sem conexão real com a estratégia da marca.
A transmissão ao vivo pode (e deve) ser muito mais do que um momento de “mostrar a cara”. Ela tem potencial para construir autoridade, gerar proximidade e até impulsionar vendas. A chave está em tratar cada live como parte de um ecossistema maior.
Lives constroem mais do que audiência: constroem confiança
Se você quer gerar proximidade com o público, poucas ferramentas fazem isso tão bem quanto uma live. Porque ali não tem edição, não tem filtro, não tem roteirinho ensaiado como no feed. Tem presença, resposta em tempo real e vulnerabilidade, no bom sentido.
É nesse cenário que se constrói a humanização da marca, a confiança com a audiência e, principalmente, o posicionamento como referência em determinado assunto. A live aproxima, porque mostra que por trás da marca há alguém real, preparado para ouvir e trocar.
Planejamento é o que separa uma live de sucesso de um monólogo constrangedor
Toda live começa muito antes do botão “transmitir ao vivo”. E se você acha que o segredo está apenas no carisma ou na espontaneidade, vale repensar. O que mantém as pessoas conectadas até o final não é a performance, é o conteúdo bem construído e a experiência que você entrega do começo ao fim.
Isso envolve:
- Ter um tema relevante e claro, com início, meio e fim;
- Saber exatamente qual mensagem você quer reforçar;
- Preparar perguntas estratégicas (para o público ou para o convidado);
- Pensar em formas de interação (enquetes, perguntas, comentários);
- E, claro, ter um CTA definido, o que você quer que aconteça depois?
Roteiro: o guia que dá ritmo e segurança à sua transmissão
Um roteiro bem montado não engessa a live — ele dá estrutura. Pense nele como um mapa que ajuda a manter o foco e respeitar o tempo. Um bom roteiro inclui:
- Boas-vindas e introdução rápida ao tema
- Apresentação do convidado (se houver)
- Blocos de conteúdo com transições suaves
- Momentos planejados de interação com o público
- Encerramento com CTA claro (seguir, baixar algo, comprar, se inscrever, etc.)
Checklist básico para uma live com cara de profissional
Antes de ir ao ar, garanta que esses pontos estão resolvidos:
- Iluminação e enquadramento ok (mesmo que simples, precisa estar agradável);
- Áudio limpo, sem ruídos ou microfone estourando;
- Conexão estável;
- Link e divulgação feitos com antecedência;
- Slide ou apoio visual prontos (se for o caso);
- Material de apoio ou link de venda separado (e testado).
Lembre-se: ninguém valoriza o que parece amador, mesmo que o conteúdo seja bom.
Onde transmitir? A plataforma certa depende da sua estratégia
Cada plataforma tem suas particularidades, e o ideal é escolher com base em onde está o seu público e o tipo de interação desejada.
- Instagram: ideal para gerar proximidade e informalidade, ótimo para lives curtas, bate-papo com convidados ou lançamentos rápidos.
- YouTube: melhor opção para conteúdos densos, entrevistas ou webinars mais longos. É também mais fácil de indexar e manter depois da live.
- Tik Tok: bom para marcas que já têm presença forte na plataforma e querem engajamento em tempo real com públicos mais jovens.
- Zoom: mais indicado para eventos fechados, aulas, treinamentos ou conteúdos com foco educacional e controle de acesso.
Você não precisa estar em todas. Mas precisa estar onde faz sentido para a mensagem que quer transmitir, e onde seu público está disposto a te ouvir.
Lives não substituem toda a sua comunicação. Mas quando bem feitas, ampliam o alcance, aprofundam relações e reforçam o posicionamento da marca de um jeito que poucos formatos conseguem. A chave não está na câmera ligada, está na intenção por trás dela.