Sabe aquele momento em que você olha um produto, fecha o site e, de repente, ele começa a te seguir pela internet? Parece bruxaria, mas tem nome: remarketing. E apesar da fama de “perseguição digital”, essa tática está longe de ser vilã. Quando usada com inteligência, ela deixa de ser incômoda e passa a ser o empurrãozinho certeiro que faltava para uma decisão de compra acontecer.
Afinal, o que é remarketing?
Remarketing é uma estratégia que mostra anúncios para quem já demonstrou algum interesse: visitou seu site, clicou em um produto, assistiu um vídeo, mas saiu sem concluir nenhuma ação.
Em vez de tentar convencer do zero, ele trabalha com memória recente. Como quem diz: “Ei, lembra daquilo que você gostou? Ainda está aqui.”
E a verdade é que isso funciona muito bem. Estudos mostram que mais de 90% das pessoas não compram na primeira visita. O remarketing é o que ajuda a manter esse interesse aceso até que a decisão aconteça.
Não é perseguição se for bem feito
A diferença entre o remarketing eficiente e o irritante está nos detalhes. Aqui estão os que realmente fazem diferença:
1. Contexto é tudo
Mostrar o mesmo anúncio para todo mundo, o tempo todo, é receita para o fracasso. Mas segmentar por comportamento muda o jogo. Quem visitou um produto deve ver esse produto. Quem parou no carrinho precisa de um lembrete. Quem interagiu com um serviço pode receber um depoimento de cliente.
2. Limites bem definidos
Tem uma linha tênue entre lembrar e incomodar. Plataformas como Google Ads e Meta Ads permitem controlar a frequência com precisão. Mostrar um anúncio cinco vezes em uma semana? Ok. Vinte vezes no mesmo dia? Não.
3. Criatividade com propósito
Em vez de repetir a mesma arte, é melhor criar sequências com variações. Primeiro lembra o produto, depois mostra um benefício, depois traz uma oferta. Isso evita a sensação de spam e cria uma experiência que realmente acompanha o usuário.
Onde o remarketing mais rende em 2025
Tem canal que funciona melhor para cada tipo de marca, mas alguns seguem dominando o jogo:
- Google Display & YouTube são imbatíveis quando o assunto é visibilidade. Eles colocam sua marca no radar em sites, apps e vídeos que o usuário já consome.
- Meta (Facebook e Instagram) brilha nos formatos visuais. Com audiências bem segmentadas e anúncios dinâmicos, é possível lembrar o visitante exatamente do que ele deixou pra trás.
- Email automatizado entra como reforço de memória: direto na caixa de entrada, com mensagens pensadas para quem já está no seu funil.
E se o foco é o mercado B2B? LinkedIn é onde a conversa acontece. Profissionais e decisores são mais receptivos quando o contexto está alinhado.
A chave está em respeitar o “clima” de cada plataforma. O mesmo tom não funciona em todos os lugares.
Como evitar que o remarketing vire “propaganda chata”
Alguns deslizes são pequenos, mas o impacto é grande. Por exemplo:
- Repetir a mesma criativa até cansar. Mesma imagem, mesma chamada, semana após semana.
- Esquecer de excluir quem já comprou. Sim, isso acontece muito mais do que deveria.
- Ignorar o dispositivo do usuário. O que funciona bem no desktop pode irritar no celular.
- Mostrar a mensagem errada para o momento errado. Não é toda hora que um “Desconto exclusivo!” faz sentido.
Remarketing exige ajuste fino. É como um bom atendimento: quanto mais personalizado, melhor a experiência.
Remarketing não é sobre perseguir, é sobre reaparecer com sentido. É usar dados de forma inteligente para se manter presente sem ser inconveniente. Em vez de apostar em volume, a estratégia é aparecer na hora certa, com a mensagem certa, para quem já demonstrou que se importa.
Com bom senso, criatividade e respeito pela jornada de compra, o remarketing deixa de ser intrusivo e passa a ser relevante. No fim das contas, não é sobre repetir, é sobre continuar a conversa.