Quando foi a última vez que você comprou algo sem antes dar uma olhada nas avaliações, nos comentários ou em vídeos de outras pessoas usando o produto?
É muito provável que isso faça parte da sua rotina hoje. E não é coincidência. A forma como escolhemos o que comprar está passando por uma revolução silenciosa, movida por confiança e identificação. E é aí que o UGC, o conteúdo gerado por usuários reais, entra com força.
Em um mundo onde a recomendação vale mais do que a propaganda, o User Generated Content se tornou o atalho entre o desejo e a decisão. Ele não é só uma prova social. É a nova vitrine da sua marca.
Não é só sobre vender, é sobre convencer quem já está quase lá
A jornada de compra não é mais linear. Ela é feita de toques, microinfluências, confirmações e reforços. Quando um consumidor se depara com um produto, o impulso de busca é imediato. Mas o que ele procura? Confirmação emocional e social de que aquilo funciona, serve para ele e entrega o que promete.
E essa confirmação não vem mais de uma foto bonita no feed da marca. Vem de alguém comum, usando o produto no banheiro de casa, num review sincero no TikTok ou num comentário detalhado na Shopee.
Esse é o poder do UGC na era da recomendação: tirar o conteúdo do palco e colocá-lo no meio da plateia, onde a influência real acontece.
Do depoimento ao tutorial: os 5 formatos de UGC que mais impactam a decisão de compra
Não basta incentivar qualquer tipo de conteúdo. Alguns formatos se destacam por gerar mais engajamento, confiança e conversão. Veja os que mais funcionam hoje:
Depoimento espontâneo
Nada bate um “gente, comprei e amei” vindo de alguém real, com zero roteiro e 100% autenticidade. Esse tipo de review informal, geralmente feito em vídeo curto, gera identificação imediata.
Comparativos sinceros
Clientes que mostram antes e depois, testam versões ou comparam com concorrentes trazem credibilidade. Esse conteúdo ajuda quem está indeciso e acelera a conversão.
Tutoriais do dia a dia
Vídeos mostrando como o produto funciona na prática, sem edição, criam uma sensação de pertencimento. É como se o consumidor visse a si mesmo no lugar daquela pessoa.
Unboxing com opinião
Mostrar o recebimento do produto, a embalagem, os detalhes e a reação real cria uma conexão emocional. É útil para produtos de desejo ou que envolvem expectativa.
Storytelling de transformação
Relatos mais longos que mostram o “antes” da pessoa e o impacto do produto na rotina dela. Esse tipo de conteúdo gera envolvimento e prova de valor.
Esses cinco formatos têm algo em comum: são genuínos, imperfeitos e humanos. E isso basta para que superem, em impacto, qualquer produção publicitária cara e controlada.
O que a sua marca precisa entender agora
Estamos vivendo uma mudança cultural. O público quer ver menos performance e mais verdade. Ele não quer que a marca fale com ele. Quer que outras pessoas como ele mostrem o que funciona de verdade.
O algoritmo entendeu isso. O consumidor entendeu. As marcas mais inteligentes já estão ajustando suas estratégias.
A era da recomendação exige mais escuta e menos imposição. Mais curadoria e menos controle. E isso pode ser desconfortável para quem sempre quis dominar a narrativa. Mas é libertador para quem entende que, hoje, a confiança não se compra, ela se conquista.
E nada conquista mais do que ver um cliente real dizendo que fez a melhor escolha. Mesmo que o cenário seja um banheiro bagunçado, um áudio abafado e uma câmera tremendo. Porque é ali, na imperfeição, que mora a prova mais forte de todas: a da verdade compartilhada.
